A propósito do Domingo de eleições…
A propósito do Domingo de eleições entrei em reflexão, (não propriamente em relação à minha escolha de voto) mas, em relação às nossas reacções enquanto seres humanos.
Estamos a viver dentro de um sistema que se mostra cada vez mais doente… em que cada vez mais pessoas estão tristes e depressivas, se refugiam em medicamentos, não sabem o que querem e desenvolvem sintomas como ataques de pânico (por exemplo, por irem para um trabalho ou emprego com que já não se identificam, em que, movidas pelo medo entram numa espiral de tudo permitir e que se vitimizam expressando: “tenho que ir, que remédio! não posso fazer nada, não tenho alternativa”).
A verdade é que nos esquecemos que esse sistema se faz com cada uma das suas partes… e essas partes somos cada um de nós. O Budismo têm-me ajudado a não pensar nas coisas como fixas, sólidas e permanentes e, a aceitar que tudo muda, a cada momento. No entanto, é necessário tornar-me forte, ter a mente clara para que não me esqueça que se quero mudanças sou eu primeiro que tenho que mudar. Tantas e tantas pessoas desperdiçam a vida e o tempo a responsabilizarem o patrão, o marido, o estado ou outra coisa qualquer porque acham que não há nada a fazer… há sempre alternativas mas, temos que querer mudar! Não podemos ficar à espera que nos tirem de determinado lugar porque somos nós que damos ordens às nossas pernas para elas se moverem. A percentagem de abstenção gritante mostra que as pessoas estão sem poder pessoal, sem vontade, inertes… querem as mudanças mas, nada querem fazer para se mudar a elas mesmas!
Olhemos para dentro, usemos o tempo e o nosso corpo de forma proativa… como diz Gandhi
“Sê a mudança que queres ver no mundo.”
Joana Rainha